Aquela que não deve ser pregueada

Tenho uma blusa branca de um tecido bem fininho que ~ainda~ não sei o nome que eu amo de paixão. Ela reúne duas coisas que me arrebatam numa parte de cima: decote da frente pregueado e decote nas costas em “V” ♥ Muito amor.

Claro que sempre olhei para ela pensando “um dia vou te copiar”. E copiei mesmo. Risquei bonitinho o molde no papel, adicionei as margens de costura (olha aí o aprendizado), pensei, estudei, fiz mil cálculos e parti para a ação. O tecido escolhido era a cara do verão que estava chegando: verde e azul, com cara de fresquinho e com uma textura diferente. Lindo demais.

Num belo sábado à tarde, enfiei a cara e saí cortando e costurando como se não houvesse amanhã. Fiz as pregas lindamente, fiz o decote nas costas (e me embolei toda porque não previ uma forma de finalizar a parte superior do “V”), enfim, tudo indo bem. Cheguei na parte em que eu precisava finalizar o decote pregueado da frente com um pedaço de pano, que seria virado para dentro (o tal do revel). Tipo um viés, mas sem prender internamente. Executei essa parte com muita cautela e passei para o fechamento final da blusa. Tudo quase pronto, faltava apenas overlockar as costuras finais e fazer bainha.

Hora de provar. Vesti a blusa e corri para o espelho. Não consegui segurar o riso nessa hora: eu estava IGUAL a uma capinha de bujão de gás! A estrutura do tecido, que tinha uma trama bem entrelaçada, não permitia pregas. Elas ficaram altinhas, como aquelas saias rodadas com muitas camadas de tule por baixo. Ficou super estranho. Talvez na foto não dê para ver muito bem, mas o decote ficou “fofinho”, como se tivesse enchimento embaixo, hahaha



Mas, como eu não ligo muito para o que os outros vão pensar da minha roupa, usei bastante minha blusa nova feita totalmente por mim (do molde à peça pronta). Ela só foi aposentada quando resolvi fazer uma consultoria de imagem, que foi fantástica e mudou meu guarda-roupa. Mas isso é assunto para outro post.


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